Quem entra na biblioteca da escola sede não consegue deixar de reparar num novo quadro. Trata-se de um trabalho oferecido por um aluno, do 12.º G à nossa biblioteca.
O trabalho foi desenvolvido por Flávio Silva, na disciplina de Oficina de Artes, no exercício “Trabalho de pintura livre a partir de obras e artistas portugueses do SEC XX” e que tinha como objetivo evocar o Passado e a Memória como alicerce do futuro. Neste caso, o aluno foi ao encontro de duas figuras máximas do modernismo português (Fernando Pessoa e Almada Negreiros) que moldaram o tempo e o pensamento contemporâneo.
Para conhecer um pouco mais sobre o(s) quadro(s) nos quais Almada Negreiros retratou Fernando Pessoa consulte aqui.
No início do ano letivo, na disciplina de Educação Visual, foi lançado o desafio aos alunos das turmas 5, 6, 7, 10, 11 e 13 do 8º, para criarem um Diário Gráfico. Um espaço para desenharem regularmente, explorarem a capacidade de observação, representação e exploração de técnicas. No início foi um projeto desafiante e até intimidador para muitos alunos, mas com o decorrer da experiência, muitos foram-se apercebendo que a folha de papel branca, não é um bicho papão e que o desenho e “desenhar bem” é um processo que exige tempo, dedicação e persistência. Os trabalhos que se apresentam são o resultado desse caminho, com altos e baixos, mas muito gratificante para alunos e professora.
Muitos parabéns, aos meus corajosos e fantásticos alunos!
Proporcionar aos alunos momentos de reflexão sobre o meio que os rodeia, torná-los cidadãos mais interventivos e conscientes foram premissas para o desenvolvimento de trabalhos que compõem a exposição “carvalho alvarinho”, desenvolvida no âmbito do Projeto Cultural de Escola, A tua (P)Arte, e o Projeto Marka – Biodiversidade local: Conhecer para preservar…!
Assim, aceitamos um dos desafios do projeto Marka e partimos à exploração do tema proposto para este ano letivo na área da biodiversidade – o carvalho alvarinho. O projeto prevê a articulação com a disciplina de Ciências Naturais, onde são abordadas questões relacionadas com a preservação e a valorização da biodiversidade local. Nas áreas artísticas quisemos continuar a destacar o património local e por isso julgámos ser oportuno abordar questões que se relacionassem com os têxteis e a cerâmica. O primeiro porque neste concelho predomina este tipo de indústria e o segundo pelo facto da Escola Básica Júlio Brandão ter um número considerável de painéis cerâmicos que acreditamos serem importantes valorizar.
O carvalho alvarinho foi apresentado aos alunos de todas as turmas de 3.º, 5.º e 8.º anos, por Vasco Flores, biólogo do Parque da Devesa, e os alunos iniciaram alguns estudos sobre as suas características, o seu habitat e a importância da sua preservação na nossa região. Com base nesses conhecimentos foi pedido aos alunos dos três anos de escolaridade a realização um trabalho que refletisse o que tinham apreendido nas áreas científica e artística.
No âmbito artístico, no 1.º ciclo a elaboração de trabalhos foi realizada durante as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e permitiu aos alunos a exploração de diferentes materiais riscadores em formas correspondentes à espécie em estudo, com a possibilidade de serem criadas algumas texturas a partir da colagem de diferentes papeis.
De igual modo, aos alunos de 5.º ano, nas disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica, foi proposta a representação de formas recorrendo à exploração dos elementos da linguagem visual e/ou a sua reinterpretação a partir da criação de azulejos com recurso a desperdícios, como o vidro e o cobre.
Quanto a algumas turmas de 8.º ano, foi proposto desenvolverem pequenos trabalhos de tecelagem onde utilizassem o trapilho (fitas de tecido provenientes de desperdícios têxteis), à semelhança do que alguns artesãos locais desenvolviam com frequência há alguns anos atrás. Os materiais, maioritariamente foram oferecidos por empresas locais. Para esta iniciativa tínhamos previsto uma visita de estudo ao Museu da Indústria Têxtil de forma a proporcionar aos alunos um contacto mais próximo das técnicas utilizadas na tecelagem e do seu património industrial. Este contacto não foi possível devido às incertezas causadas pela pandemia, mas avançamos com outras formas de apresentação. Não faltarão oportunidades.
O Plano Nacional das Artes celebrou o seu 2.º aniversário a 18 de julho. Apesar do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco ter aderido ao Plano Nacional das Artes apenas há um ano, queremos muito continuar a fazer parte desta grande equipa. Este ano tivemos a oportunidade de contribuir para a elaboração do vídeo comemorativo do 2.º aniversário a partir das respostas dadas, por alguns alunos, às perguntas “Onde encontras Arte e Cultura na tua vida?” e “Como pode a Arte mudar a Escola?”. Foi muito interessante registar a opinião de todos, até dos alunos que não foram selecionados para fazerem parte deste vídeo. Obrigada a todos! Não vamos esquecer as vossas opiniões! Câmara, 1, 2, 3 … ação!
Ao longo do segundo período foi realizado um DAC, entre as disciplinas de Educação Visual e Matemática, nos temas Módulo-padrão e Isometrias. Os alunos do 8ºano das turmas 5, 6, 7, 10, 11 e 13 puderam constatar nas aulas destas duas disciplinas, que existem temáticas onde a Arte e a Matemática estão intimamente relacionadas. Módulo-padrão (translação, simetria, reflexão, rotação) Traçados Geométricos, Arte/Arquitetura (rosáceas, frisos) e Isometrias são alguns dos conteúdos transversais às duas disciplinas onde é possível perceber essa relação. Na disciplina de Educação Visual foi proposto aos alunos um projeto de criação de uma Mandala ou de um Friso. Os trabalhos foram realizados durante o período de E@D e a qualidade do resultado final, reflete a criatividade e o empenho dos nossos alunos. Em Matemática foi proposto na plataforma da Escola Virtual, a resolução de uma tarefa formativa sobre rosáceas em monumentos nacionais a fim de identificarem as simetrias de reflexão e rotação existentes nos mesmos. O resultado final foi dado a conhecer à comunidade escolar através de uma apresentação digital e de uma exposição física, no átrio da escola sede, no final do terceiro período.