Esteve patente na Biblioteca Escolar Vasco de Carvalho uma exposição desenvolvida no âmbito do Projeto Marka | Surrealismo, em articulação com o Projeto Ver e Ler. Os trabalhos expostos foram realizados na disciplina de Educação Visual, com os alunos das turmas 9º1, 9º4, 9º5 e 9º8, correspondendo ao solicitado no 3.º desafio do projeto Marka. Assim, após um primeiro contacto com algumas técnicas surrealistas, na Fundação Cupertino de Miranda, foi proposto aos alunos a realização de experiências com café sobre papel, recorrendo às técnicas surrealistas, e que a partir destas fossem “construindo” imagens, e integrando outros elementos tais como, passagens de alguns poemas de Mário Cesariny, pedaços de papel e uma fotografia do autor ou autora da composição.
No início do ano letivo, na disciplina de Educação Visual, foi lançado o desafio aos alunos das turmas 5, 6, 7, 10, 11 e 13 do 8º, para criarem um Diário Gráfico. Um espaço para desenharem regularmente, explorarem a capacidade de observação, representação e exploração de técnicas. No início foi um projeto desafiante e até intimidador para muitos alunos, mas com o decorrer da experiência, muitos foram-se apercebendo que a folha de papel branca, não é um bicho papão e que o desenho e “desenhar bem” é um processo que exige tempo, dedicação e persistência. Os trabalhos que se apresentam são o resultado desse caminho, com altos e baixos, mas muito gratificante para alunos e professora.
Muitos parabéns, aos meus corajosos e fantásticos alunos!
Proporcionar aos alunos momentos de reflexão sobre o meio que os rodeia, torná-los cidadãos mais interventivos e conscientes foram premissas para o desenvolvimento de trabalhos que compõem a exposição “carvalho alvarinho”, desenvolvida no âmbito do Projeto Cultural de Escola, A tua (P)Arte, e o Projeto Marka – Biodiversidade local: Conhecer para preservar…!
Assim, aceitamos um dos desafios do projeto Marka e partimos à exploração do tema proposto para este ano letivo na área da biodiversidade – o carvalho alvarinho. O projeto prevê a articulação com a disciplina de Ciências Naturais, onde são abordadas questões relacionadas com a preservação e a valorização da biodiversidade local. Nas áreas artísticas quisemos continuar a destacar o património local e por isso julgámos ser oportuno abordar questões que se relacionassem com os têxteis e a cerâmica. O primeiro porque neste concelho predomina este tipo de indústria e o segundo pelo facto da Escola Básica Júlio Brandão ter um número considerável de painéis cerâmicos que acreditamos serem importantes valorizar.
O carvalho alvarinho foi apresentado aos alunos de todas as turmas de 3.º, 5.º e 8.º anos, por Vasco Flores, biólogo do Parque da Devesa, e os alunos iniciaram alguns estudos sobre as suas características, o seu habitat e a importância da sua preservação na nossa região. Com base nesses conhecimentos foi pedido aos alunos dos três anos de escolaridade a realização um trabalho que refletisse o que tinham apreendido nas áreas científica e artística.
No âmbito artístico, no 1.º ciclo a elaboração de trabalhos foi realizada durante as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e permitiu aos alunos a exploração de diferentes materiais riscadores em formas correspondentes à espécie em estudo, com a possibilidade de serem criadas algumas texturas a partir da colagem de diferentes papeis.
De igual modo, aos alunos de 5.º ano, nas disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica, foi proposta a representação de formas recorrendo à exploração dos elementos da linguagem visual e/ou a sua reinterpretação a partir da criação de azulejos com recurso a desperdícios, como o vidro e o cobre.
Quanto a algumas turmas de 8.º ano, foi proposto desenvolverem pequenos trabalhos de tecelagem onde utilizassem o trapilho (fitas de tecido provenientes de desperdícios têxteis), à semelhança do que alguns artesãos locais desenvolviam com frequência há alguns anos atrás. Os materiais, maioritariamente foram oferecidos por empresas locais. Para esta iniciativa tínhamos previsto uma visita de estudo ao Museu da Indústria Têxtil de forma a proporcionar aos alunos um contacto mais próximo das técnicas utilizadas na tecelagem e do seu património industrial. Este contacto não foi possível devido às incertezas causadas pela pandemia, mas avançamos com outras formas de apresentação. Não faltarão oportunidades.
Este trabalho envolveu as disciplinas de Português e de Educação Visual, e as turmas 2, 3 e 4 do 9º ano, com a colaboração da equipa da Biblioteca Escolar (projeto «Ler e Ver»), adotando a metodologia de DAC (Domínios de Articulação Curricular).
Nas aulas de Português, foram selecionados, pelos alunos, e explorados, através de uma leitura orientada, poemas de autores incluídos no Domínio da Educação Literária e outros escolhidos por eles: Almada Negreiros, Camilo Pessanha, Camões, Cesário Verde, Fernando Pessoa, Nuno Júdice, Jorge de Sena, Ruy Belo. Os alunos foram desafiados a imaginar desenvolvimentos poéticos a partir de elementos do paratexto e da mobilização de experiências e vivências; a valorizar a leitura e a consolidação do hábito de ler através de atividades que impliquem, entre outras possibilidades, a realização de percursos pedagógico-didáticos interdisciplinares e o desenvolvimento da sensibilidade estética e artística e a estimular o valor estético do texto poético.
Nas aulas de Educação Visual, trabalharam os domínios da ilustração; da comunicação; do projeto e dos elementos de Linguagem Visual, fazendo uso de técnicas de instrumentos de registo, e de materiais de representação, do reconhecimento do papel do desenho expressivo na representação de formas; no desenvolvimento de tipologias de representação expressiva e de soluções criativas, no âmbito do design (pop-up; 3D), aplicando os seus princípios básicos, em articulação com áreas de interesse da escola.
A Biblioteca Escolar estimulou a promoção do trabalho interdisciplinar, tendo como objetivo a literacia da leitura – colaborando e apoiando atividades desenvolvidas em contexto de sala de aula, visando o desenvolvimento de competências no âmbito da língua e da leitura.
Fruto desta triangulação, apresentamos esta exposição que, mais do que mostrar a sensibilidade estética destes alunos, convida-vos a embarcar nesta viagem com a poesia.
Numa altura em que as iniciativas desenvolvidas pelas escolas tiveram de ser adaptadas a novas realidades, o subdepartamento de Artes continuou a proporcionar aos alunos, do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, o contacto com curtas de animação, de forma a assinalar o Dia Internacional da Animação, celebrado a 28 de outubro. Neste dia, à 128 anos, foi exibido o primeiro filme com imagens animadas, “Pauvre Pierrot”, por Emile Reynaud no seu teatro ótico, em Paris.
Este ano propôs-se a visualização de curtas de animação, nas próprias salas de aula, tendo como parceiro o Cinanima. Assim, de 9 a 13 de novembro, cerca de mil alunos do ensino pré-escolar ao 12.º ano, puderam assistir aos programas propostos pela entidade promotora na iniciativa “O Cinanima vai às escolas”. A atividade envolveu professores de várias disciplinas e departamentos e foi desenvolvida em articulação com o Clube das Artes, as Bibliotecas Escolares e o Plano Nacional de Cinema. As professoras dinamizadoras, Catarina Teixeira e Susana Ferreira, fizeram o acompanhamento de algumas turmas, de modo a ajudarem na contextualização de assuntos relacionados com as técnicas de animação.
Esta atividade, mais uma vez, veio registar uma avaliação bastante positiva por parte dos participantes, contribuído para a abordagem de várias temáticas e o desenvolvimento de diferentes literacias fílmicas. Esperamos por vocês no próximo ano!